domingo, 14 de junho de 2009

Neoconcretismo - arte construtiva


O estilo Neoconcretista (1959), surgido no Rio de Janeiro, une lirismo e forma. Pregava a subjetividade e humanismo na arte. Os Neoconcretista fizeram oposição aos Concretistas paulistas, extremamente racionais, objetivos e visuais. Pensamento e subjetividade se juntam no estilo neoconcreto, pois o modo com que pensavam o mundo o sensível compartilhava com o lado reflexivo da arte. Os neoconcretos parecem ter bebido na fonte do filósofo Espinosa. Este filósofo afirma que tudo que é físico tem um correlato mental, ele descreve uma relação entre o corpo e a alma, como uma relação de identidade. Para Espinosa o corpo seria o modo finito de uma substância infinita; portanto para ele todo objeto no mundo tem seu correlato mental.


“Os neoconcretistas procuravam novos caminhos dizendo que a arte não é um mero objeto: tem sensibilidade, expressividade, subjetividade, indo muito além do mero geometrismo puro. Eram contra as atitudes cientificistas e positivistas na arte. A recuperação das possibilidades criadoras do artista (não mais considerado um inventor de protótipos industriais) e a incorporação efetiva do observador (que ao tocar e manipular as obras torna-se parte delas) apresentam-se como tentativas de eliminar a tendência técnico-científica presente no concretismo.” Wikipédia


O Neoconcretismo não se limitava apenas às artes visuais, e sim experiências literárias, livros-poemas performances , Balé Neoconcreto de Lígia Pape e Reinaldo Jardim e até mesmo a maquete de um Teatro Integral. O neoconcretismo foi uma arte eminentemente sensorial e reflexiva, que, segundo Ferreira Gullar, durou pouco pois provocou uma saída da arte para fora da arte. Para Gullar, Hélio Oiticica, Lygia Clarke e Ligia Pape são posteriores ao Neoconcretismo, pois suas obras mudaram depois de 1963.

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